REBIMBA O MALHO

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

RECORDANDO FACTOS E PESSOAS - O SENHOR (...)

RECORDANDO FACTOS E PESSOAS

O SENHOR ( …) 

O senhor (…) era naquela altura, um dândi, bem afiambrado, muito bem arrumadinho, bem-apessoado e até com características de galã. Morava fora da urbe junto a um vale e perto de uma ribeira por onde as águas cristalinas no seu leito iam roçando-se lubricamente de pedra em pedra, até abraçarem as águas do seu irmão maior com o mesmo nome.
Nas tardes de Verão, o senhor (…) subia ao povoado, para conviver com dois amigos dilectos que se passeavam estrada fora cultivando e praticando a arte de mal dizer.
Em certa altura, a excelentíssima esposa do nosso protagonista, ausentou-se do lar por motivos absolutamente necessários.
Como a demora se prolongava, o “pinto” do senhor (…) começou a ficar desassossegado, clamando por paz.
Na urbe, havia uma mulher que era a mulher da gente. Mulher divertida e como boa minhota, usava sempre um lenço de merino com motivos coloridos que lhe cobria o penteado. Foi esta mulher que o senhor (…), o tal que não dava confiança a todos, procurou, para pazear o seu “pinto” que o infernizava.
O encontro aconteceu na casa da apaziguadora dos instintos mais primários, para quem a procurasse. O “pinto” do tal senhor estava mais que pronto para a diversão. O senhor (…) em cima da mulher malhava, e tanto o fez, que provocou nela grande flatulência. Ora, sabemos que gerada uma flatulência tem por força fisiológica, de sair por algum lado e, saía precisamente pelo sítio que os meus leitores calculam. A cada barrigada lá saía um flato longo e ruidoso; ela ria satisfeita e, ele desconcentrava-se. Digamos em abono da verdade que nada é menos elegante e menos sensual, capaz até de amolecer o “pinto mais erecto” do que uma situação destas.
O senhor (…) continuava a pedalar e ela flatulenta, ria a bom rir e, ele desconcentrava-se naquele vai-vem.  As vezes foram tantas que o dono do “pinto” esfomeado soergueu-se e fez o ultimato: ─ Ou tomas conta do serviço ou levas um murro nessa cara.
O depois, já não sei como terminou. Este foi o relato que chegou até mim e que agora revelo. Todavia, penso que o “pinto” do senhor (…) jamais  reclamara enquanto o seu dono se lembrasse de tal aventura.
Nota: Não revelo o nome do senhor, protagonista desta história, por se tratar de uma pequenina
infidelidade. E, já agora, um aviso às senhoras: não deixem os vossos maridos sozinhos por muito
tempo, não vá o diabo tece-las só por causa de um “pinto” reclamante.

CONDE DA GARDUNHA