REBIMBA O MALHO

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

PORTUGAL ATOLADO ( IV )

PORTUGAL ATOLADO (IV)

Eis que foi chegado o dia em que a Troika nos ditou a sentença.
O nosso primeiro, o tal incôngruo engenheiro relativo, logo se apressou vir à televisão a fim de fazer um comunicado ao país. Para dizer o quê? Simplesmente para dizer que o governo - em gestão - conseguira um bom acordo e assim, tranquilizar mais os portugueses. Era o sr. Pinto de Sousa no seu melhor, hábil em vender sonhos e, os mais incautos, os tais que continuam a acreditar nas habilidades circenses deste artista acharam que a coisa afinal não era tão má como apregoavam.
Mas, o que ele revelou foi o verso da medalha ou seja o menos mau, que não seria cortado o subsidio de férias nem tão pouco o do Natal e... "parole... parole"... virtude que todos lhe reconhecemos.
Porém, o que ele, o manhoso, sabendo que com papas e bolos se enganam os tolos, escusou-se  informar o reverso dessa mesma medalha por saber que é aqui que está o busílis deste intrincado problema que o próprio criou.
O anverso meus amigos que como já todos devem ter conhecimento está repleto de sacrifícios e para muitos de graves privações inclusive a fome.
Os portugueses regredirão ao tempo  do fim da monarquia e, principalmente aos tempos da 1º. República que foi mais uma época negativa da história deste país demasiado convulsivo.
Nas minhas crónicas com o título genérico PORTUGAL ATOLADO, dizia que esta barcaça onde todos somos marinheiros, ainda o seu casco não tinha batido no fundo, eis pois que ela para nossa desgraça, já roçou as areias e o estrondo final só se sentirá quando as medidas agora impostas pela tal Troika, começarem a fazer efeito em cada um de nós. Podem já começar a enviar felicitações ao tal sr. Sócrates Pinto de Sousa, todos aqueles que ajudaram a reelege-lo. Ele e o seu ministro das Finanças tiveram a veleidade de contribuir e acentuar a situação depauperada da nação, vendendo a dívida a retalho em praça pública com juros incomportáveis, para vergonha de todo um povo que não a deles, por já a terem perdido há muito.
Se o que agora se fez, tivesse sido feito há mais tempo, evitar-se-iam os juros altíssimos da dívida vendida, as negociações com a Troika teriam sido eventualmente feitas com mais margem de manobra, todos    nós aliviaríamos um pouco mais o jugo tormentoso que nos colocaram e, evitaríamos a chacota de que somos alvos de outros países que consideramos do terceiro mundo. Quando na Internet leio depoimentos nada abonatórios sobre Portugal e os portugueses de gentes oriundas de países onde um dia imperámos, sinto vergonha e revolta. Dá-me vontade de gritar como possesso: ERGA-SE NOVAMENTE O PATÍBULO!
No fim do ano passado, na minha última crónica, onde desejava a todos os que lêem e visitam este blog que este 2011 fosse melhor, um amigo, por sinal meu homónimo, falou em Flop e sinceramente desejei que assim fosse embora interiormente não acreditasse. Afinal, os acontecimentos deram-me razão ao dizer que este ano iria ser um ano negro para a grande maioria dos meus concidadãos.
Resta-nos viver um dia de cada vez o melhor que podermos e não deixar que o desânimo nos invada, sem deixar contudo, de incriminar e recriminar os principais responsáveis pela desgraça do nosso povo.
Por tudo o que nos está a acontecer e principalmente para os incapazes, para os malsins e prepotentes... REBIMBA O MALHO


Conde da Gardunha

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