REBIMBA O MALHO

REBIMBA O MALHO

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A MORTE FICOU-LHE A MATAR (INTRODUÇÃO)

 A MORTE FICOU-LHE A MATAR (INTRODUÇÃO)                                                                        
       Há já alguns anos escrevi uma novela e, resolvi agora, transcrever o último capítulo já que contar toda a história poderia eventualmente tornar-se enfadonho. Tirando a personagem principal que é ficcionada e a localidade onde se passa a história ser mais ou menos localizada, todos os outros intervenientes existiram e faço questão de os mencionar pelas alcunhas que tinham. Também levei em conta a pronúncia do lugar e, por conseguinte, não considerem erro a ortografia
        Para entronizar os eventuais leitores nesta história resumi-la-ei em breves linhas uma vez que só será publicado o derradeiro capítulo.
        É a história da vida da menina Efigénia que foi menina até à sua morte em virtude de nunca ter casado. Não por falta de aptidão para o casamento mas, por falta de pretendentes. A menina Efigénia, beata militante mas, muito querida pelas gentes do lugar pelo seu espírito esmoler, nasceu, coitada dela, desprovida sequer de uma centelha de beleza. O que a mais desfeava eram dois  dentes da fachada quais duas sentinelas avançadas que nunca se albergavam na respectiva guarita. Era pessoa de muitos teres e haveres e que tinha por morte dos pais, herdado a mais rica casa do lugarejo
        Todos os Sábados na sua casa apalaçada havia serões onde as artes predominavam que ia do teatro à música passando inclusivamente pela dança. O promotor dos serões era o Ti Zé Loureiro que uma corda a menos na sua rabeca não lhe trazia engulhos
        Ora, foi num destes serões que a menina Efigénia - menina com quase oitenta anos – se marchou desta vida contente vítima de uma apoplexia motivada por um riso constante e convulsivo por uma piada grosseira dita pelo Ti “Questiano” já com um grão nas duas asas
        Verificado o óbito pelo físico, este por mais esforços que fizesse, não conseguiu que os músculos da rosto da defunta tomassem o seu estado natural. Foi para a cova com um ar risonho e feliz
        É pois a partir deste ponto que se inicia o último capítulo da novela.

Conde da Gardunha                                                  

1 comentário: