REBIMBA O MALHO

REBIMBA O MALHO

terça-feira, 23 de julho de 2013

RECORDANDO

RECORDANDO

Não há muito tempo que tive de levar a minha a mulher a Castelo Branco para apanhar o autocarro que a levaria a Coimbra por solicitação de uma familiar.
A madrugada estava agradável e o sol ainda não era nado. Esperámos algum tempo até que ele chegou. Não sei de onde vinha, possivelmente da Covilhã ou Fundão. Poucas pessoas havia e, mesmo a cidade, estava ainda quase adormecida.

Chegado o autocarro e, enquanto a minha mulher se instalava, reparei numa moçoila que vinha do lado da janela. Era muito engraçada: de braços roliços e as faces faziam inveja a uma maçã camoesa.
Não me contive e atirei: olá princesa! Ela sorriu e num cândido desrespeito completo pela gramática, respondeu:  quem me dera que o sêsse! E eu, para não destoar daquele cândido desrespeito por tudo o que concerne à língua pátria, animei:  pode ser que um dia o venha a fôra.

O autocarro começou a rodar fiz adeus à minha mulher e sorri para aquele diamante a precisar de ser lapidado.
Já de regresso a casa o sol sorriu, vendo-me sorrir também. Seria um sorriso cúmplice?

CONDE DA GARDUNHA                                                                                          

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