CALÃO EM RIMA
QUEM SERÁ CAPAZ DE TRADUZIR?
Palácio do conde Andeiro,
dia três do mês corrente.
Num velho surdo sentado.
escrevo-te e quero primeiro
que estejas bacanamente
já que eu me encontro encanado.
Com a fresca no bastelo
vou escrever-te esta falha
para que ponhas a fancos.
Já deu de cabra o camelo
a quem eu guindei a tralha
e manjou que eu era mangos.
Se a bófia te dichavar
não dês a morte o arquilho:
achantra-o na clarante
e se o pasma te mancar,
no caso de dar para estrilho,
está no piano a fugante.
trás-me uma tábua nodízia
e tinhosas para morfar.
Se quiseres traz a chavala,
pois vê bem, minha chorízia,
o mangas está a berrar,
não dá para pagar a sala.
Traz-me um pintor enrostido
entre a sola do calcante
para eu pagar a sala.
Firma-te bem nas canetas.
Antes de passares por cá
passa pelo invejoso.
Vou terminar estas letras
recebe pois querida agá
um xoxo do teu manhoso.
Conde da Gardunha
QUEM SERÁ CAPAZ DE TRADUZIR?
Palácio do conde Andeiro,
dia três do mês corrente.
Num velho surdo sentado.
escrevo-te e quero primeiro
que estejas bacanamente
já que eu me encontro encanado.
Com a fresca no bastelo
vou escrever-te esta falha
para que ponhas a fancos.
Já deu de cabra o camelo
a quem eu guindei a tralha
e manjou que eu era mangos.
Se a bófia te dichavar
não dês a morte o arquilho:
achantra-o na clarante
e se o pasma te mancar,
no caso de dar para estrilho,
está no piano a fugante.
trás-me uma tábua nodízia
e tinhosas para morfar.
Se quiseres traz a chavala,
pois vê bem, minha chorízia,
o mangas está a berrar,
não dá para pagar a sala.
Traz-me um pintor enrostido
entre a sola do calcante
para eu pagar a sala.
Firma-te bem nas canetas.
Antes de passares por cá
passa pelo invejoso.
Vou terminar estas letras
recebe pois querida agá
um xoxo do teu manhoso.
Conde da Gardunha
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