REBIMBA O MALHO

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CALÃO EM RIMA

CALÃO EM RIMA

QUEM SERÁ CAPAZ DE TRADUZIR?

Palácio do conde Andeiro,

dia três do mês corrente.

Num velho surdo sentado.
escrevo-te e quero primeiro
que estejas bacanamente
já que eu me encontro encanado.

Com a fresca no bastelo
vou escrever-te esta falha
para que ponhas a fancos.
Já deu de cabra o camelo
a quem eu guindei a tralha
e manjou que eu era mangos.

Se a bófia te dichavar
não dês a morte o arquilho:
achantra-o na clarante
e se o pasma te mancar,
no caso de dar para estrilho,
está no piano a fugante.

trás-me uma tábua nodízia
e tinhosas para morfar.
Se quiseres traz a chavala,
pois vê bem, minha chorízia,
o mangas está a berrar,
não dá para pagar a sala.

Traz-me um pintor enrostido
entre a sola do calcante
para eu pagar a sala.
Firma-te bem nas canetas.
Antes de passares por cá
passa pelo invejoso.

Vou terminar estas letras
recebe pois querida agá
um xoxo do teu manhoso.

Conde da Gardunha

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